O estúdio enfrenta cortes enquanto a Disney luta para encontrar uma maneira de tornar o streaming lucrativo.
Um novo relatório indica que a Pixar verá grandes demissões impactando a empresa em 2024. A notícia vem na esteira de alguns anos ruins para sucessos de bilheteria, durante os quais filmes da Pixar como Ano luz e Elementar teve desempenho inferior em relação às expectativas do estúdio. A Pixar deverá reduzir a sua produção global num futuro próximo e, como resultado, aparentemente terá menos necessidade de uma equipe maior. De acordo com o TechCrunch, a equipe atual de 1.300 funcionários da empresa poderia ser reduzida em até 20% (embora mesmo nesse artigo, eles digam que um representante da Pixar sugere que esse número é muito alto).
A Pixar, que tem sido uma das produtoras de sucessos mais confiáveis de Hollywood desde 1995, parece estar dividindo o foco de maneira bastante uniforme entre sequências de franquias e originais em um futuro próximo. Enquanto eles estão terminando Éliouma propriedade totalmente nova, seu próximo lançamento será De dentro para fora 2e há sequências para História de brinquedos e Carros já em desenvolvimento.
A história do TechCrunch sugere que este é principalmente um retorno aos níveis pré-Disney+ da Pixar. De acordo com o relatório, a maior parte das demissões será de funcionários contratados para que possam aumentar a produção, com o objetivo de gerar projetos interessantes para o Disney+. O serviço de streaming é um dos maiores do setor, mas, como a maioria das plataformas de streaming, não é lucrativo.
Elementar, que chegou às telas em junho, teve um fim de semana de estreia que assustou a Disney. O filme acabou provando ter pernas, gerando pouco menos de US$ 500 milhões nas bilheterias globais, apesar de não ter grandes celebridades no elenco e nenhum vínculo com franquias anteriores da Pixar. Com um orçamento relatado de US$ 200 milhões, US$ 500 milhões de bilheteria não é o tipo de retorno massivo que a Disney espera – mas é um lucro, e o filme supostamente teve um bom desempenho na Disney +, bem como nas vendas de discos e digitais.
Como todo grande estúdio de Hollywood, as expectativas para a Pixar têm aumentado na última década. O fim das locadoras de vídeo e a adoção do streaming pelos estúdios significa que os filmes precisam gerar uma tonelada de receita nas bilheterias para ter uma esperança de empatar. A maioria dos maiores sucessos da Pixar, porém, foram sequências. os únicos filmes que ultrapassaram a marca de US$ 1 bilhão para o estúdio foram Os Incríveis 2, História de brinquedos 3 e 4e À procura de Dory. O último filme original (sem sequência) a ultrapassar a marca de US$ 500 milhões foi de 2017 Coco – embora, novamente, Elementar estava bem perto, com US$ 486 milhões.
De dentro para fora 2 pode ser um grande impulso para a marca – pelo menos essa é a esperança da Disney. O filme original não apenas arrecadou US$ 850 milhões em todo o mundo, mas também em 2015. Isso significa que passou bastante tempo entre as parcelas, dando aos fãs a chance de sentir falta dos personagens e ficar entusiasmados com uma sequência. A última vez que um filme da Pixar esperou tanto tempo por uma continuação foi Os Incríveis 2 – que acabou sendo o filme de maior bilheteria de todos os tempos do estúdio.
Enquanto isso, a Pixar espera gerar algum buzz (e alguns dólares extras) ao lançar Alma, Ficando vermelhoe Lucas – todos os filmes que foram direto para Disney+ durante os primeiros dias da pandemia – para os cinemas nas próximas semanas.